segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Auschwitz

Judeus sendo forçados a trabalhar nos fornos crematórios de Auschwitz, provavelmente em 1944.

Os nazistas construíram Auschwitz em abril de 1940 sob a direção de Heinrich Himmler, chefe das organizações SS e a polícia secreta Gestapo. O campo de Auschwitz inicialmente mantinha prisioneiros políticos da Polônia ocupada vindos de outros campos de concentração da Alemanha. A construção de Birkenau a poucos quilômetros de distância, também conhecido por Auschwitz II, iniciou-se em outubro de 1941 e incluiu uma seção feminina a partir de agosto de 1942. Birkenau tinha quatro câmaras de gás, desenhadas com o objetivo de se assemelharem a chuveiros, e quatro fornos crematórios, usados para incinerar os cadáveres. Cerca de 40 campos satélite foram construídos nas redondezas de Auschwitz, sendo campos de trabalho e conhecidos por Auschwitz III.

Os prisioneiros eram transportados por comboio de toda a Europa. Chegando ao complexo eram divididos em três grupos. Um grupo, passadas algumas horas, era levado para Birkenau, onde era possível envenenar e cremar cerca de 20.000 pessoas num só dia. Um segundo grupo de prisioneiros era usado para trabalho escravo em fábricas como as companhias I.G. Farben e Krupp (armamento), tendo sido, no complexo de Auschwitz, registrados 405.000 prisioneiros nessa situação entre 1940 e 1945. Destes, cerca de 340.000 pereceram devido a execuções, maus tratos, fome e doenças. O terceiro grupo, a maioria gêmeos e anões, era usado para experiências por parte de médicos, tal como Josef Mengele, conhecido como o Anjo da Morte.

Os funcionários do campo eram, em grande parte, prisioneiros. Alguns deles eram selecionados para serem vigilantes (Kapos) e outros para serem trabalhadores nos crematórios (sonderkommandos) , sendo membros destes grupos mortos periodicamente.

Quando o exército soviético libertou o campo de Auschwitz em 27 de janeiro de 1945, encontraram cerca de 7.600 sobreviventes aí abandonados. Mais de 58.000 prisioneiros haviam sido evacuados pelos nazistas e, finalmente, mortos na Alemanha.

Fonte: Auschwitz, O Testemunho de um Médico.
Autor: Diego Vieira.



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